Hoje, entrei no meu antigo quarto, entrei só por curiosidade. Senti a minha infância vivida, a falta do irmão mais velho, do pai mais presente. Sentei-me na cama, na qual dormi durante noite noites boa e más dormidas, mas só sentei por sentar. Não foi para ver se as molas ainda pulavam. No entanto ao viver tudo ao redor do passado, encontrei uma caixa, uma simples caixa de sapatos, toda suja, cheia de pó mas acima de tudo de recordações!
O que havia dentro dessa caixa? Ah, o que havia era bom demais!
Fotografias de bons momentos, amores partidos traduzidos em papéis, pedras de cada país visitado, dentes de felicidade, cordões por descobrir, buzigangas de traquinices e magoas quase curadas. Pois é, quase curadas.
Porque?
Há dores que não são fáceis de curar, mas a sua é difícil de curar. Uma dor enorme que você me deixou, sim, você minha avó! Anos vividos, dias de alegria contados, histórias contadas e por contar, dificuldades aprendidas, momentos por viver e dor por curar. Sim, dor por curar, você não me ensinou a viver sem a dor da sua falta aqui!
Lembrei-me de ti mikas. Abri uma caixa que deu dor e a saudade!
Parece que foi ontem que te vi a sorrir e a pedires para voltar no dia seguinte. Você me faz imensa falta!
Da sua neta, agathas.
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