Desde o inicio, eu sabia que nada seria fácil. Sabia que era amor demais, e que, quando a coisa é em excesso de amor, acaba por nos fazer sofrer, até demais. Mas como poderia evitar isso ? Se cada vez que te via, sentia como se tivesse mesmo que estar contigo? Não podia controlar. Não podia evitar. Não queria fugir. Eis que me arrisquei, paguei por consequências, e vê – hoje estou aqui, mais uma vez sem ti. Mais uma vez me perguntando se ainda posso evitar sofrer no futuro. Mas quando lembro do quanto valeu a pena a primeira vez, chego a conclusão de que uma segunda ou terceira vez, também valeria.
Estes últimos dias, tem sido dias vazios, sombrios, estranhos. Sentimentos inversos, intensos, estranhos. É assim que vejo a minha vida agora: estranha. Uma vez que o normal era ter aquele simples sorriso bonito todas as manhãs, aquelas mensagens tão esperadas, aqueles abraços confortadores. Talvez, me veja estranha e perdida. Sem rumo. A surpresa não é por eu ter acertado que isso iria acontecer, porque a surpresa então, agora que aconteceu ? A surpresa é dele ter partido, e eu não ter feito nada para evitar isso. Será que partir será mesmo o fim ? Se somente dois amam, logo haverá amor. Se somente um vai embora, não é o fim. Ele partiu, mas eu ainda fiquei aqui, com todas as lembranças e todas as coisas que ele me faz sentir e desejar e ainda querer. Ainda que os dias estejam parecendo todos iguais, onde nada acontece, nada sobressai, nada espanta, surpreende, ainda sigo esperando o dia que o verei entrando nessa porta … prefiro acreditar que será desse jeito, assim, o tempo vai passando e eu nem percebo. Assim, a dor vai se apagando, indo embora, e quando menos esperar, estarei curada disso tudo. Ou não.

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